Gui Cunha e Jessika Moah vencem 2ª etapa do The Bridge SUP Cup
Evento que rolou no último sábado (19) em São Vicente (SP) com forte presença dos atelas amadores e ... leia mais
No início dos anos 2000, quando houve o renascimento do stand up paddle, seguido por um boom de praticantes em todo mundo poucas vezes visto na história do esporte, as pranchas, em sua essência, eram bem similares aos longboards. Bico arredondado, tamanhos entre nove e dez pés, pouco espaço para manobras progressivas, mas muita diversão.
Ao longo dos anos, porém, as pranchas diminuíram radicalmente de tamanho e as manobras tornaram-se extremamente progressivas. E se por um lado o surfe com remos tornou-se um esporte realmente incrível de se assistir, por outro, tornou-se bem mais difícil de se praticar. Afinal, não é todo mundo que tem disposição e paciência para se equilibrar em uma prancha de sete pés que, para não afundar, precisa estar em constante movimento no line up.
Já o SUP Longboard nunca foi extinto, é verdade, mas se manteve relegado ao free surfe e ignorado em competições. Só que isso parece estar mudando.
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Há uma tendência de reinserção da modalidade em competições. No último mês, Port Stephens Bay, na Austrália, recebeu a edição de 2019 do “NSW SUP Titles”, evento organizado pela Surfing New South Wales, uma das mais importantes federações de surfe do país, que contou com a inserção da categoria “SUP Longboard Dez Pés”.
A competição teve adesão em massa de competidores e foi vencida por James Casey no Masculino, e Hannah Finlay-Jones, no Feminino.
No mesmo mês, outro evento para SUP Longboard, dessa vez realizado na Polinésia Francesa, foi vencido pelo campeão mundial pela ISA Poenaiki Raioha.
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E, mais recentemente, a APP World Tour anunciou que irá realizar baterias “em caráter de demonstração” de SUP Longboard durante o NY SUP Open, marcado para o final de agosto, nos EUA.
No Brasil, alguns SUP Surfistas vem aos poucos trazendo a modalidade de volta para o line up. Entre eles, o bertioguense Juninho Oliveira tem se destacado com suas manobras clássicas e verticais, bem ao estilo “SUP Longboard”, nas ondas de Bertioga.
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Se a modalidade voltar a ter foça pode, inclusive, ajudar a fortalecer o SUP Wave, uma vez que é uma forma de surfe com remos bem mais acessível. E, quando bem executada, é realmente bonito de se ver.
Assistir ao Leco Salazar surfando com seu SUP Longboard no Quebra-mar de Santos era realmente incrível. Seus arcos geometricamente executados e as batidas verticais influenciaram muita gente a surfar com remos quando o stand up paddle começou a se tornar popular aqui, a partir de 2008.
Quem sabe em breve poderemos ver novamente o Leco e outros Tops do SUP Wave executando manobras clássicas em pranchas mais “tradicionais” pelas ondas do Brasil e do mundo?