O SUP perde a alegria de Gilson Alecrim

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Gilson Alecrim, pioneiro e um dos caras mais queridos da comunidade do stand up paddle brasileiro, faleceu nesta terça-feira (12), em Santos (SP), em decorrência de um AVC

Competidor nato e um dos caras mais alto astral do SUP brasileiro. Assim ficou conhecido Gilson Alecrim. Foto: Arquivo pessoal

Conhecido por sua alegria e simplicidade, Gilson Alecrim nos deixou nessa terça-feira (12), aos 60 anos, em decorrência de um AVC sofrido na última sexta-feira (8). Desde então, Gilson vinha sendo tratado na UTI da Santa Casa de Santos (SP), mas, apesar da luta, sofreu complicações e faleceu no início da noite de hoje.

Apesar de afastado das competições nacionais nos últimos anos, Gilson era um velho conhecido da galera do stand up paddle, principalmente entre os competidores da primeira geração do circuito brasileiro, do qual fez parte desde o início, competindo como Super Master, categoria na qual foi um dos principais incentivadores.

O veterano que remava como um garoto tinha o vigor físico lapidado ao longo dos anos de trabalho duro como mestre de obras, “quebrando paredes ao longo do dia”, como ele mesmo dizia, sempre de forma bem humorada.

O sorriso franco e a disposição de um garoto ficarão para sempre na memória de todos que conheceram Gilson Alecrim. Foto: Photografia Sayonara

Surfista desde os 14 anos de idade, descobriu o stand up paddle aos 52 anos, em 2010, por influência do legend Picuruta Salazar.

Foi amor à primeira remada e Gilson chegava a ficar até cinco horas direto na água remando e pegando onda de SUP. Numa dessas ocasiões, no início de 2011, seu amigo e também remador, Rogério Cunha, pai de Guilherme Cunha o incentivou a participar de uma prova de Race e logo na primeira prova, já conquistou o pódio. Nesse mesmo ano ele se consagraria campeão brasileiro na categoria Super Master e Top 5 na categoria Master.

O remador seguiu competindo regularmente o circuito brasileiro até 2013, sempre figurando entre os Top 4 da Super Master. Porém a falta de um patrocinador que o ajudasse com os custos das viagens o levou a abdicar-se das competições nacionais e o veterano passou a se dedicar às competições locais.

Gilson era um cara muito querido. No primeiro ano de Brasileiro de SUP viajávamos juntos eu, ele, Neno Matos, Marcelo Lins, Rogerio e Gui Cunha. Essa era a “Barca da Baixada Santista” no circuito.

Onde quer que a gente chegasse Gilsão era sempre o primeiro a fazer amigos, o que acabava quebrando o gelo pra gente também. Ele tinha o coração enorme e a alma de um embaixador.

Gilson Alecrim deixa esposa, filhos e muitos amigos.

A equipe Aloha Spirit Club presta condolências à família e amigos de Gilson.

Você vai fazer muita falta amigo!

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