Ana Marcela Cunha mostra a força da natação em águas abertas brasileira com ouro em Tóquio

Compartilhe
Ana Marcela Cunha
Ana Marcela Cunha acrescentou mais um grande feito na carreira: a medalha de ouro na prova de maratona aquática das Olimpíadas de Tóquio. Foto: Reprodução

Eleita seis vezes a melhor maratonista aquática do mundo, a brasileira Ana Marcela Cunha acrescentou mais um grande feito na carreira: ela ficou com a medalha de ouro após 10km nadados em mar aberto do Japão.

Aos 29 anos, a brasileira tem no currículo 33 medalhas de ouro, 16 de prata e 17 de bronze em campeonatos da Federação Internacional de Natação (Fina). Ao todo, subiu ao pódio 11 vezes em campeonatos mundiais, nas provas de 5km, 10km e 25km, faturando cinco títulos. Em 2019, ainda foi responsável pela primeira medalha de ouro da história da natação brasileira na maratona aquática dos Jogos Pan-Americanos.

Na disputa que aconteceu na noite de terça-feira (3) (horário de Brasília) em Odaiba Marine Park, na capital japonesa, Ana completou a prova com 1 segundo de vantagem para a segunda colocada, a holandesa Sharon van Rouwendaal. O bronze foi da australiana Kareena Lee.

Foi uma vitória esmagadora, liderada pela brasileira do início ao fim. Contudo o ouro olímpico não veio fácil e foram necessários quatro ciclos olímpicos até que a nadadora alcançasse o amadurecimento necessário:

Finalmente chegou a medalha. Fui muito nova em 2008, foi minha primeira Olimpíada. É o quarto ciclo olímpico, vindo de uma não classificação e uma frustração no Rio. O amadurecimento foi muito grande para chegar aqui. Acredite nos seus sonhos e dê tudo de sí”, declarou Ana, logo após a conquista.

Ana Marcela nasceu em Salvador (BA) e, aos 12 anos de idade, já passou a se destacar no esporte. Com apenas 15, foi convidada para se mudar para Santos (SP) para ingressar na equipe de natação da Unisanta, que ofereceu também todo suporte para que seus pais viessem com ela para a Cidade, onde residem até hoje. São 14 anos representando a Cidade, fazendo a campeã já se considerar também uma santista.

A conquista da nadadora é mais uma amostra da força da natação em águas abertas do Brasil. Mais do que isso, o potencial que o país tem para gerir grandes talentos nos mais diversos esforços aquáticos: três, dos quatro ouros conquistados nas Olimpíadas do Japão vem das águas.

Não perca nada! Clique AQUI para receber notícias do universo dos esportes de água no seu WhatsApp

Compartilhe